Povo Celta




POVO CELTA



Na época em que o Império Romano invadiu e conquistou a ilha da Grã-Bretanha, o povo celta era o povo que habitava esta região. Chegaram na região vindos de diversas regiões da Europa, entre os séculos II e III A.C. Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a provocar medo nos inimigos. Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa Brigida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes.

Celtas inventaram o Halloween para celebrar os espíritos de seus mortos


Quando os celtas inventaram o Halloween, a tradição não mandava comer guloseimas nem se fantasiar de bruxa. O objetivo era celebrar o começo do inverno e homenagear os espíritos dos mortos. Na região da atual Irlanda, há aproximadamente 2 mil anos (data estimada pelos historiadores), os celtas comemoravam seu ano novo em 1º de novembro, data que também marcava o fim das estações quentes do ano. Eles acreditavam que, na véspera, chamada de “Samhain”, o mundo dos vivos e dos mortos se mesclava. A festa do “Samhain” incluía o sacrifício de animais e uma grande fogueira em homenagem aos mortos. O cristianismo é que teria injetado o ar “diabólico” ao Halloween, já que associava espíritos e fantasmas ao paganismo e ao mal. Mas a festa originalmente não tinha a intenção de ser assustadora, e sim uma celebração, segundo explicou ao G1 por telefone Jack Santino, professor de Cultura Popular dos EUA e autor do livro “Halloween and other festivals of life and death” (Halloween e outros festivais de vida ou morte). “O Halloween como o conhecemos hoje vem da época em que os missionários cristãos tentaram mudar as práticas religiosas dos celtas”, analisa Santino. Para substituir a festa pagã do “Samhain” por uma comemoração cristã, a Igreja Católica determinou que o 1º de novembro seria o Dia de Todos os Santos (All Saint’s Day), também chamado de All-hallows. A véspera, portanto, era chamada de All-Hallows Eve, que depois virou Halloween.

Gostosuras ou travessuras

A festa se popularizou nos EUA com a chegada de um grande número de imigrantes irlandeses, no século XIX, e a ela foram agregadas diversas novidades. Uma delas é o uso de fantasias. Já que os celtas acreditavam que, na noite de 31 de outubro, os espíritos dos mortos vagavam junto a fadas, bruxas e demônios, estes acabaram sendo os temas mais comuns dos disfarces de Halloween. A tradição de “gostosuras ou travessuras” também pode ser creditada aos celtas, que costumavam oferecer comida aos espíritos do Halloween para aplacá-los e para indicar-lhes o caminho das casas de suas famílias. Mas essa não é a única explicação. “Também acredita-se que a idéia de fazer com que as crianças pedissem doces de porta em porta nasceu nos EUA, nos anos 1930. O objetivo era dar às crianças uma participação no Halloween mas evitar que elas ficassem nas ruas fazendo bagunça”, comenta Santino. As abóboras ocas e recortadas, outro ícone do Halloween, são tipicamente norte-americanas. “Uma lenda celta dizia que um espírito que não conseguia ir nem ao céu nem ao inferno usou uma lanterna para guiar-se. Os irlandeses, ao imigrar aos Estados Unidos, conheceram as abóboras e perceberam que, ocas, elas também funcionavam bem como lanternas e continuaram assim a tradição”, diz Santino.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL805393-5602,00-CELTAS+INVENTARAM+O+HALLOWEEN+PARA+CELEBRAR+OS+ESPIRITOS+DE+SEUS+MORTOS.html

ESTUDOS - IMAGEM DA DEUSA BRIGIDA


A BRÍGIDA PAGÃ

Na antiga civilização celta, Brígida foi - é - uma das mais ricas deidades do panteão desse povo. Seu nome original é Brighid, mas também é grafada como Brigid, Brigit, Bríd, Bríde, Brida, Brighit, Bridged, Briid, Brigantia, Brigite e Brígida. Na Irlanda, ainda é uma deusa muito popular entre o povo, ao lado de outros dois deuses muito conhecidos: LUGH E DAGDA. Para a cultura celta, Brighid também é conhecida como a 'Deusa da Tríplice Chama', pois conta a lenda que Brighid eram, na verdade, três irmãs gêmeas e de mesmo nome (filhas do DEUS DAGDA). Para cada uma delas, um talento em especial. Na verdade, esta pode ser apenas uma forma de expressar o que poderia ser chamado de 'as três faces da deusa', mostrando que Brighid guardava com ela suas três características marcantes e principais. ERA ELA A DEUSA DAS ARTES E DOS OFÍCIOS (PRIMEIRA FACE), A DEUSA DO FOGO (SEGUNDA FACE) E A DEUSA DA GUERRA (TERCEIRA FACE). Foi, então, a deusa que trazia a inspiração das artes e dos ofícios; a deusa que assegurava o sustento do fogo, não o deixando faltar; e a deusa que sangrava as guerras. Chamavam esta última 'a face sombria da deusa'. Na realidade, ela assegurava ao povo que protegia o sucesso da vitória em caso de guerra, tão comuns naquela época.

A BRÍGIDA CRISTÃ

É incerto dizer que se trata da mesma 'pessoa', tendo em vista que, apesar de os celtas humanizarem, muitas vezes, as imagens de seus deuses, podendo, portanto, terem eles vividos em carne e osso, a história de Brígida, contada pela Igreja Católica, é de uma mulher que viveu na Idade Média. Porém, alguns estudos revelam semelhanças muito evidentes entre as histórias de Brighid e Brígida, na Irlanda. Talvez uma forma de manter algumas das tradições dos antigos celtas, pelos bispos que aquela região ocuparam na época das conquistas romanas. Era a época chamada de 'pré-cristã', e, com a dificuldade em impor aos celtas da Irlanda, seus dogmas, a Igreja 'adaptou' algumas das tradições locais. Tanto que a denominação 'cristianismo celta' foi muito utilizado por historiadores. Contam as histórias escritas pelos monges da época, que Brígida ao se retirar para um mosteiro (ou convento em alguns relatos), sustentava uma 'chama sagrada' a qual não podia se apagar nunca. Revezavam-se, então, 19 freiras e Brígida, para a manutenção da chama. Após sua morte, essa tradição prosseguiu, porém, apenas com as 19 freiras, sem que outra substituísse a falecida Brígida. Henrique VIII e a Reforma Protestante mandam, mais adiante, extinguir tal tradição, assim como que se fechassem mosteiros e conventos. Existe ainda história de que Brígida nascera na Suécia e fora mãe de Catarina (Santa Catarina). De qualquer maneira, as histórias se fundem quando de seu recolhimento em um mosteiro e a fundação, posteriormente, da Ordem de São Salvador. A Igreja Católica transformou Brígida em santa dezoito anos após sua morte. A própria Igreja considera Brígida 'uma das maiores místicas que provou a solidez de sua espiritualidade'.

Conclusão: Seja como for, Brighid, a deusa pagã ou Brígida, a santa cristã, só resta-nos demonstrar profundo respeito por sua(s) imagem(s), a santa do fogo de Kildare ou a deusa do fogo Celta, como um ícone espiritual, exemplo de força e determinação. Parabéns, Santa Brígida e/ou 'A Tríplice Chama'!"

Bibliografia: “O Livro da Mitologia Celta”, de Cláudio Crow Quintino (Ed. Hi-Brasil) - Web-site “católico.org.br” – “acidigital.com”.
Salutem Punctis Trianguli.
La Strega, 02.08.2009 d.C